Camilo pede R$ 15 milhões a Temer para criar centro de combate ao crime organizado no CE

Camilo Santana se encontrou com Temer em Brasília e solicitou reforço no combate ao crime organizado (Foto: Governo do Estado/Divulgação)


O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pediu R$ 15 milhões de apoio financeiro ao presidente da República, Michel Temer, para investir no Centro Integrado de Inteligência do Ceará. A medida é analisada pelo Governo Federal. O pedido foi feito na tarde desta terça-feira (30), quando Camilo participou de audiência com o chefe do executivo nacional, em Brasília.

O objetivo do Centro integrado é dar mais agilidade no combate ao crime organizado, segundo Camilo Santana. "Vamos integrar todas as 'inteligências' dessas instituições para unificar as estratégias, a investigação e a punição dessas pessoas", disse no domingo, um dia após a chacina que matou 14 pessoas em Fortaleza.

Entre sábado (27) e segunda-feira (29), duas chacinas vitimaram 24 pessoas no Ceará. Na madrugada do sábado, um grupo armado invadiu uma festa no Bairro Cajazeiras disparando vários tiros e matando 14 pessoas, além de deixar vários feridos. Na segunda-feira, um confronto em uma cadeia de Itapajé deixou 10 mortos, a maioria vítimas de armas de fogo. O delegado da cidade informou que não sabe como a arma entrou na unidade. Na primeira manifestação pública após as chacinas, Camilo Santana havia culpada a falta de um plano nacional de segurança pelos homicídios.

Durante a reunião desta terça-feira, Temer autorizou a ação de um grupo especializado da Polícia Federal para o Ceará, para trabalhar na inteligência. "Solicitamos apoio do presidente em relação a ações urgentes no estado e também medidas a médio e longo prazo", disse o governador.

Camilo Santana destacou ainda que "o presidente foi muito solícito" e ainda vai analisar outros pontos solicitados na audiência.

Também participaram da reunião o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Zezinho Albuquerque (PDT), o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, desembargador Gladyson Pontes e o presidente do senado federal, Eunício Oliveira (PMDB).

Eunício colocou a importância de defender as reivindicações para o Ceará. "Algumas delas já foram autorizadas de pronto pelo presidente, para que as questões de segurança pública do estado do Ceará possam efetivamente ser resolvidas."

Seis pessoas foram presas suspeitas de participação na chacina de Cajazeiras e um outro morreu em confronto com policiais, segundo o secretário da Segurança do Ceará, André Costa. Com o bando foram apreendidas várias armas, diz Costa.

O Ceará vem registrando índices recordes de violência, com 5.134 homicídios em 2017. Segundo o governador Camilo Santana, 84% dessas mortes são decorrência da guerra entre facções criminosas.

Em janeiro deste ano, até o dia 29, foram 441 homicídios, 30% a mais que no mesmo período do ano passado, quando a Secretaria de Segurança Pública registrou 337 mortes violentas.


Com informações do G1







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