Izolda: "Tivemos redução de homicídios, mas ainda não há garantia de que irá perseverar"

Foto Reprodução

 governadora do Ceará Izolda Cela (sem partido) comemorou a série de anos de redução dos índices de homicídio no Estado, mas alertou para a necessidade de uma "cooperação federativa" para combate efetivo da realidade de violência no Brasil. Segundo ela, apesar do avanço, ainda não é possível garantir que a tendência de queda persista nos próximos anos. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira, 29, em entrevista exclusiva ao O POVO.

"Ao longo desses anos (de gestão), nós tivemos uma redução de homicídios. Isso é importante, afinal de contas o crime mais gravoso é o contra a vida das pessoas. Inclusive, (existem) sinais de um tipo de banalização da vida — é o que se enfrenta em relação a isso (segurança pública)", analisou a governadora. Em janeiro próximo, Izolda assume o cargo de secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC), que será chefiado pelo ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT).


Izolda alerta, porém, que ainda não é possível garantir que a tendência de queda de homicídios irá seguir pelos próximos anos. "Não temos ainda uma garantia de que há uma tendência de que (a diminuição) irá perseverar. Essa área (segurança) exige muitíssimo, até por conta da natureza do problema; é uma situação que tem conexões com uma realidade, infelizmente, nacional e até internacional", analisa. 

O Ceará deve fechar o ano de 2022 como o terceiro consecutivo com queda no número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI). A cifra era de 4.039 em 2020; foi a 3.299 em 2021 e está, até novembro, em 2.722 assassinatos neste ano. O ápice da série histórica foi em 2017, em que 5.133 CVLIs foram registrados.

Izolda defende necessidade de "cooperação federativa"

Para dimensionar o desafio do combate à violência e às facções facções criminosas, Izolda Cela criticou a falta de uma política unificada entre diferentes estados e o Governo Federal. "A fragilidade da cooperação federativa dificulta bastante a ação dos estados. O próprio engajamento das instituições nas diversas esferas é outro desafio", alerta.

Fonte - Opovo

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