Hospital Regional do Cariri é referência em tratamento de AVC (Foto: Reprodução) |
A cada 24 horas, três novos pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo dão entrada na emergência do Hospital Regional do Cariri (HRC), da rede pública do Governo do Ceará, em Juazeiro do Norte. De acordo com o coordenador da unidade de AVC, Gustavo Vieira Rafael, em quatro anos de implantação desse serviço no hospital, o número de atendimento cresceu 40% no Cariri. “O HRC está se consolidando cada dia mais como referência para os 44 municípios da região do Cariri”, destacou.
A unidade de AVC agudo do Hospital Regional do Cariri realizou mais de 2.600 atendimentos nos últimos 4 anos. Na maioria dos casos a pessoa está sem sintomas aparente e, de repente, um lado do corpo paralisa, a boca entorta e apresenta dificuldade na fala. Foi exatamente o que aconteceu com a aposentada, Antônia Rosal Pereira de Lima, 68 anos, moradora de Assaré, a cerca de 98 km de distância de Juazeiro do Norte, onde fica o HRC.
“Estava fazendo o almoço quando senti um mal estar muito forte. De imediato chamei meus filhos que me trouxeram para o Regional. Essa é a segunda vez que tenho AVC e dessa vez eu sabia que o lugar certo para o meu atendimento era aqui”, destaca a aposentada.
Hipertensa e fumante, Dona Antônia se enquadra no perfil dos principias casos de pessoas vítimas de AVC. Aproximadamente 70% dos casos poderiam ser evitados com mudanças de hábitos e acompanhamento médico. “Deus me deu uma nova chance de viver. Assim que cheguei no hospital já fui atendida e medicada. Nem sei o que seria de mim se não estivesse aqui. Mas uma coisa é certa, essa experiência vai me fazer tirar de vez o cigarro da minha vida”, declara Antônia Rosal.
A unidade de AVC do Hospital Regional do Cariri faz parte do projeto de descentralização do Programa de Atenção Integral e Integrada ao AVC no Ceará, iniciativa que tem reduzido de maneira significativa o número de óbitos. Só neste ano o serviço do HRC realizou 216 atendimentos. Com o crescimento do número de pacientes admitidos e o fluxo correto, o número de óbitos diminui de forma considerável. Em 2016, dos 719 atendimentos, houve apenas 17 óbitos, 2% do total. Neste ano foram registrados 5 óbitos.
Outro dado positivo é o tempo de chegada dos pacientes ao HRC. “Em 2013 nós tínhamos uma média de 18 horas do momento em que o paciente sentia os sintomas até chegar ao hospital. Depois do SAMU, esse número caiu para cerca de 10 horas. Em 2016 a nossa média reduziu para 6 horas, então isso já ajuda muito na redução da mortalidade. Quanto mais rápido o atendimento é melhor para o paciente, visto que as chances de sequelas diminui, assim como a mortalidade e o tratamento é mais eficiente”, afirma Gustavo Vieira.
Com informação da A.I
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