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Desde terça-feira com agenda oficial e reuniões com quatro ministros em Brasília, o governador Camilo Santana (PT) pede ao Governo Federal a permanência de tropa da Força Nacional além da atuação autorizada por 15 dias. O efetivo de 106 profissionais chegou ao Ceará há uma semana para reforçar a segurança no momento de crise do sistema penitenciário. O Estado também espera a promessa de 120 agentes vindos do Maranhão. As informações são do secretário da Segurança Pública, Delci Teixeira.
A tropa que está no Ceará atua na parte externa dos presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com depredações intensificadas em rebeliões registradas entre 21 e 23 de maio. O reforço no efetivo permite que tropas especiais do Ceará sejam deslocadas para outras ocorrências, explicou Teixeira durante sessão na Assembleia Legislativa, no fim da manhã de ontem.
Com a tropa federal, é possível liberar uma parcela do Batalhão de Choque para contenção de rebeliões nos centros socioeducativos e para a segurança do revezamento da tocha olímpica, detalhou Teixeira. Questionado pelo deputado estadual Capitão Wagner (PR) sobre o envio de 100 policiais para jogos olímpicos do Rio de Janeiro, Delci disse que a medida é fruto de pacto entre todos os estados do País.
Ainda segundo o secretário, há promessa do Ministério da Justiça de enviar mais 120 homens da Força Nacional que estão agora no Maranhão. Por lá, eles reforçam a segurança após série de ataques a ônibus comandados por detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, desde o dia 19. A vinda da tropa para o Ceará depende do fim do período dela no Maranhão.
O secretário da Justiça, Hélio Leitão, também esteve ontem na Assembleia e classificou as rebeliões no sistema prisional como episódios “agudizados” em uma crise permanente. E anunciou que a pasta pretende recuperar a estrutura física das quatro unidades prisionais da RMF, com R$ 1,5 milhão a ser investido em cada uma. Leitão afirma que famílias de presos terão acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais.
Com informações do Jornal O POVO
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