Apesar de chuvas e nuvens carregadas no interior do Estado, a tendência de seca neste ano é reafirmada pela Funceme (Foto: Honório Barbosa/Diário do Nordeste) |
O quadro de seca para este ano teve um prognóstico ainda mais preocupante para os próximos três meses, conforme informou, hoje, a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme). Para março, abril e maio a perspectiva é de que 70% sejam para precipitações abaixo da média histórica, 25% dentro da média e 5% acima da média.
O anúncio aconteceu no auditório do Banco do Brasil, na Avenida Santos Dumont, durante a primeira reunião de 2016, do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearanse (Agropacto), uma promoção da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec).
19 de janeiro: Funceme anunciava 65% de chances abaixo da média histórica
A piora dos indicadores se deu considerando que em 19 de janeiro passado, também no anúncio feito pela Funceme no Palácio do Abolição, a estimativa indicava probabilidade de 65% para a ocorrência de chuva abaixo da média histórica.
Em 2015, os percentuais para a quadra chuvosa era de 64% para chuvas abaixo da média, normal de 27%; e chuvas acima da média é de 9%. Já em 2014, a estimativa de chuvas abaixo da média para o período foi de 40%; normal de 35% e acima da média de 25%.
El Niño: quinto ano seguido de seca e terceiro vez influenciando de forma negativa
O presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, afirmou que a possibilidade do quinto ano consecutivo de seca decorre ainda da forte influência do El Niño atuando no Oceano Pacífico e mais o fato de que o Oceano Atlântico não apresenta quadro favorável para impactar no próximo trimestre, onde há, historicamente, maiores precipitações como consequência do ingresso da região na Zona de Convergência Intertropical.
Eduardo Martins lembrou que os efeitos do El Niño ocorrem da forma ainda mais negativa pela terceira vez, desde quando se passou a monitorá-lo.
Os anos anteriores foram entre 1997 e 1998, 1982 e 1983. Com isso, a exemplo do que foi observado há um mês, a intensidade elevada do fenômeno diminui as chances de precipitações mais regulares no Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste
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