Encontro dos profetas da chuva (Foto: Diário do Nordeste) |
O segundo sábado de janeiro de 2016 será uma data muito especial para os profetas da chuva deste município, outras cidades e Estados, como são conhecidos esses cientistas populares que, observando a natureza, preveem a quadra chuvosa no Ceará. A data marcará o XX Encontro de Profetas da Chuva do Ceará, idealizado e realizado pelo comerciante João Soares e pelo engenheiro químico Helder Cortez.
Neste ano, o Encontro, que chega à sua segunda década, terá uma programação especial. Além do Encanta Quixadá, uma mostra de cantoria de viola, abrindo o evento, na noite da sexta-feira, na Praça da Cultura, haverá um seminário com rodada de palestras apresentadas por especialistas em cultura e história. O simpósio será realizado logo após os profetas da chuva apresentarem os seus prognósticos ao público.
Neste ano, o Encontro será realizado no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). De acordo com a programação divulgada pelo produtor cultural Adriano Sousa, responsável pela elaboração da programação do XX Encontro dos Profetas da Chuva, logo após a apresentação das previsões haverá um almoço compartilhado no Espaço de Convivência Luiz Gonzaga, será realizado o seminário, que terá como título "Tempos de partilha: os profetas da chuva e a patrimonialização dos saberes populares".
Confirmação
Apesar da expectativa do público sobre as previsões dos cientistas populares sobre as chuvas para os próximos meses no Estado, João Soares e Helder Cortez se referem ao momento como um evento cultural, de exposição de um hábito tradicional dos sertanejos. Observando pássaros, insetos, as árvores a até a lua e as estrelas, além de algumas crenças religiosas, eles indicam qual o momento ideal para o plantio das lavouras.
Nos encontros, a maioria leva provas das suas experiências e impressiona os espectadores com os seus estudos. Estão sendo aguardados 30 profetas da chuva, a maior parte de Quixadá mesmo. Do grupo também participa o pesquisador Luiz Gonzaga, de Camocim. No ano passado 18 deles apontaram para um inverno tardio, com chuvas abaixo da média histórica. E o quadro se confirmou.
Fonte: Diário do Nordeste
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