Aneel aprova redução de pagamento extra na conta de luz a partir de fevereiro

Pagamento extra na conta de luz irá diminuir em fevereiro (Foto: Philipp Guelland/AFP)


A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, nesta terça-feira (26), a criação de um novo patamar para as bandeiras tarifárias, além da redução dos valores que serão cobrados a partir de fevereiro. De acordo com os novos patamares, o consumidor já deve notar uma redução de 3% na conta de luz.

No próximo mês, o consumidor de energia elétrica receberá em sua conta de luz o sinal de bandeira vermelha patamar 1 –que, dentro da Aneel, ficou conhecida como bandeira rosa–, mais barata que a bandeira vermelha vigente até janeiro.

O sistema das bandeiras adicionam um encargo à conta de luz para custear as usinas térmicas. Até o momento, a bandeira vermelha encarecia a conta em R$ 4,5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.

Após a virada do mês, a bandeira vermelha patamar 1, ou rosa, elevará a conta em R$ 3 a cada 100 kilowatts-hora consumidos. Na prática, essa redução deverá baratear a conta em 3% para todos os consumidores do país.

A bandeira vermelha patamar 2 continua a encarecer a conta de luz em R$ 4,5 a cada 100 KWh consumidos.

As outras cores, verde e amarela não foram repartidas, como a vermelha. Porém, o valor adicionado pela amarela diminuiu de R$ 2,5 a cada 100 KWh consumidos para R$ 1,5 a cada 100 KWh consumidos.

A verde, como agora, continua não adicionando qualquer valor à conta de luz.

TÉRMICAS

De acordo com a Aneel, as cores das bandeiras mudam de acordo com a usina térmica mais cara que deve ser acionada.

A bandeira verde é acionada sempre que as térmicas não custem mais do que R$ 211 por MWh. A amarela entra em vigor quando as usinas custam entre esse valor e R$ 422 por MWh.

A vermelha 1, agora, vale para as térmicas que custem entre R$ 422 e R$ 610 por MWh. A vermelha 2 entra a vigor para pagar as usinas que custam mais do que isso.

O chamado despacho térmico, quando as usinas são ligadas, seguem os valores de referência da energia, definido pelo PLD (Preço de Liquidação das Diferenças).

A depender do valor gerado pelo PDL, o ONS (Operador Nacional do Sistema) define quais usinas podem entrar em operação.

Atualmente, em todos os subsistemas do país, com excessão do Nordeste, a bandeira válida deveria ser a verde. No Nordeste, a bandeira deveria ser a amarela.

No entanto, ao visar a recuperação dos reservatórios dessa região e sem poder contar com a energia de empreendimentos atrasados, como a usina de Belo Monte, a Aneel acatou o pedido do ONS para utilizar térmicas com custo de até R$ 600 por MWh, mantendo a cobrança da bandeira.



Fonte: Folha.com

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