População invade Câmara de Assaré para protestar pela abertura de CPI



Inconformada a população invadiu o plenário da câmara para protestar(Foto:reprodução)


A Câmara Municipal de Assaré, no Cariri Oeste, foi invadida por manifestantes contrário a instalação da abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), aprovada em sessão extraordinária na sexta-feira  (8). A CPI, segundo o autor do requerimento, vereador Raimundo Moacir Mota Júnior se faz necessária para apurar supostas prestações de serviços  irregulares praticadas pela administração municipal.

Revoltados, dezenas de moradores invadiram a sessão da Câmara Municipal, passando a externar seu descontentamento e xingamentos aos vereadores. Para a população, os vereadores fazem uma perseguição política ao atual gestor Samuel Freire, que não quis se manifestar sobre a CPI.


Os vereadores acusam a administração de ter feito contratos com uma empresa terceirizada responsável pela contratação de funcionários para prestação de serviços, criação de crédito suplementar sem a prévia autorização da câmara.


Durante a sessão o clima ficou muito tenso, e teve que ser necessário chamar a polícia. Alguns manifestantes, aos gritos de ordem abafavam a voz dos vereadores que tentavam inutilmente convencer o povo que a CPI era um ato constitucional, e sem sucesso chamaram reforço policial dos municípios de Tarrafas, Antonina do Norte e Campos Sales.

Conforma Raimundo Junior, autor do pedido de instalação da CPI, seu pedido foi resultado da falta de informação do poder executivo em suas ações para com o poder legislativo, tendo em vista que a prerrogativa do vereador como representante do povo, é justamente ser fiscalizador. “Não temos culpa hoje do prefeito ter minoria na câmara municipal. Ao  contrário,  lutamos pelo bom senso,  pela harmonia", disse.


Para o ex- prefeito de Assaré, Antonio Beijamim de Oliveira, a instalação desta CPI   tem motivação política, pois de acordo com ele, a Câmara há vários meses vem tentando encontrar uma forma de afastar o prefeito Samuel Freire, pois são sete vereadores oposicionistas à gestão municipal. “Isso é uma coisa emblemática porque o crescimento no embate político, tem provocado essa ira, e se tomaram essa medida, é porque o gestor está incomodando, embora tais vereadores da oposição tenham legitimidade para questionar a instalação de uma CPI, eles não têm a maioria para afastar o prefeito, e com isso estão querendo desviar a atenção das pessoas. Samuel está refém da Câmara Municipal, além disso o fato de não ter orçamento suficiente para administrar, conseguiu alguns recursos provenientes do Governo do Estado e do Governo Federal, onde precisou da anuência da Câmara para poder investir tais recursos em ações no município.


(Com informações de Amaury Alencar)

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