Advogado de Lula diz esperar julgamento 'respeitoso e cordial' do TRF-4

© Paulo Pinto / AGPT / Fotos Públicas

O julgamento do recurso contra a condenação do ex-presidente Lula, no processo envolvendo o triplex no Guarujá (SP), está marcado para ocorrer no próximo dia 24, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS).


Nesta sexta-feira (12), em entrevista ao portal Uol, o advogado do petista, "respeitosa e cordial", disse esperar que a Corte atue de forma "respeitosa e cordial", ao contrário, segundo ele, do que ocorreu em primeira instância, quando o juiz Sérgio Moro sentenciou o ex-presidente a 9 anos e meio de prisão.

Para o advogado de Lula, a sentença de Moro faz referências em vários momentos "a situações que envolveram o juiz e a defesa, o que mostra, na verdade confirma, que ali não estava um juiz isento e sereno, mas um juiz que estava afetado de alguma forma por embates ou discussões havidas em audiência."

Cristiano Zanin Martins já questionou a suposta imparcialidade de Moro em recursos à Justiça em diferentes instâncias. Até agora, todos foram negados. "Ainda há recursos pendentes. A questão precisa ser analisada de forma definitiva. E nós entendemos que há elementos, sim, para reconhecer a suspeição, o que levaria à nulidade desses atos decisórios praticados contra o ex-presidente Lula", disse o advogado.

Apesar de não ter criticado os desembargadores do TRF-4 como o fez com Moro, o advogado destacou que alguns fatos "chamaram a atenção", dando como exemplo a declaração do presidente do tribunal, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, de que a sentença de Moro no caso do tríplex havia sido "irretocável".

"Me chamou bastante a atenção que o presidente do tribunal, que tem a função institucional de representar o tribunal, estivesse fazendo uma referência elogiosa a uma sentença que seria apreciada no recurso de apelação", comentou.

Zanin Martins voltou a falar que Lula é vítima do chamado "lawfare", palavra em inglês para designar a perseguição política de uma pessoa usando meios jurídicos. "Não estou falando, nem generalizando aqui, uma crítica à imprensa, ao Judiciário ou ao Ministério Público. Estou dizendo que especificamente no caso desses processos contra o ex-presidente Lula existe, a meu ver, uma união de determinados agentes do Estado e, por outro lado, um comportamento de setores da imprensa que talvez não fossem os mais adequados", afirmou.



 POR NOTÍCIAS AO MINUTo


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