Fevereiro foi o mais chuvoso dos últimos seis anos no Ceará

Fevereiro foi o mais chuvoso dos últimos seis anos no Ceará (Foto: Reprodução)


Este ano, o Ceará teve o mês de fevereiro mais chuvoso desde 2011, com precipitações que superaram a média histórica em 32,8%. As chuvas registradas foram as maiores desde janeiro de 2016, considerando outros meses. No mês que inicia a quadra chuvosa, o Estado registrou 157,5 milímetros (mm) de chuva, volume que representa quase o triplo do observado no mesmo período do ano passado, quando as precipitações

chegaram a 53,2 mm.

As informações, levantadas pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), são animadoras para o primeiro mês da quadra chuvosa, que segue até maio. Este ano, existe a expectativa de que o acumulado de chuvas possa trazer fim para a seca que se arrasta há cinco anos no Ceará, uma das mais severas de todos os tempos.

Em quase todas as regiões do Estado choveu além do esperado para o período. A única área que recebeu precipitações abaixo da média histórica foi o Cariri, onde os registros ficaram 3,7% abaixo do normal.

As maiores chuvas se concentraram na região litorânea. O Litoral Norte (231 mm) foi a região que mais choveu no mês do Carnaval, seguido da Ibiapaba (204,4 mm), Litoral de Fortaleza (204 mm) e Maciço de Baturité (202,8 mm).


As previsões da Funceme indicam que as chuvas devem continuar em todo o Estado neste mês de março, principalmente nestas primeiras duas semanas. A expectativa para março é maior, principalmente para melhorar a recarga dos reservatórios, porque este é o mês em que mais chove no Estado.

Açudes

Nos primeiros dois meses deste ano, os 153 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) tiveram aumento de volume. O aporte foi de 142,2 milhões de metros cúbicos (m³).
 
Com as chuvas do mês de fevereiro, o aporte nos açudes cearenses foi mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em 2016, o aporte em fevereiro ficou em aproximadamente 50 milhões de m³. Este ano, o acumulado do mês alcançou cerca de 120 milhões de m³. Nos dois primeiros meses deste ano, o Castanhão foi o reservatório que mais recebeu aporte, chegando a 22,5 milhões de m³.


RÔMULO COSTA/OPOVO

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