Desemprego cai em novembro, aponta IBGE



O desemprego em novembro foi de 7,5%, o maior para o mês desde 2008. Apesar de estar abaixo do número registrado em outubro (7,9%), o resultado é considerado estável pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a novembro do ano passado, quando era de 4,8%, o desemprego subiu 2,7 pontos percentuais.

Com o país vivendo uma crise econômica e o corte de vagas de trabalho aumentando, a taxa registrada em novembro surpreendeu. A mediana da previsão de analistas consultados pela agência Reuters era de que subiria a 8% no mês.

O número de desempregados nas regiões pesquisadas foi estimado em 1,8 milhão de pessoas e não teve variação na comparação com outubro. Em relação ao mesmo período de 2014, o número de desempregados subiu 53,8%, com 642 mil pessoas a mais procurando trabalho.

O total de pessoas com trabalho também ficou estável no mês, em 22,5 milhões, mas caiu 3,7% em um ano, com 858 mil pessoas a mais sem emprego.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo IBGE e fazem parte da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O instituto considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

Desemprego subiu nas seis regiões em um ano
As seis regiões pesquisadas tiveram desemprego estável no mês. Na comparação com novembro de 2014, todas registraram aumento:

Recife: de 6,8% para 10,8%
Salvador: de 9,6% para 12,3%
Belo Horizonte: de 3,7% para 6,1%
Rio de Janeiro: de 3,6% para 5,9%
São Paulo: de 4,7% para 7,4%
Porto Alegre: de 4,2% para 6,7%
Rendimento médio cai a R$ 2.177,20
O rendimento médio real (ajustado pela inflação) dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.177,20, 1,3% menor do que o de outubro (R$ 2.205,43) e 8,8% inferior ao de novembro do ano passado (R$ 2.388,29).

Frente a novembro de 2014, o rendimento caiu em todas as regiões, sendo a maior queda registrada no Rio de Janeiro (-10%) e a menor em Porto Alegre (-6,3%). Em comparação com outubro, ficou estável em Salvador, São Paulo e Porto Alegre, e caiu nas demais regiões.

Em um ano, são 540 mil carteiras assinadas a menos
Em novembro, o número de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em 11,3 milhões, estável em comparação com outubro. Em um ano, o número caiu 4,6%, ou 540 mil pessoas a menos.

IBGE vai acabar com PME
Em 2016, o IBGE vai acabar com a PME e com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Das três pesquisas mensais com dados de emprego, apenas a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua seguirá.

Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais abrangente que as outras duas pesquisas. Na última, com dados do terceiro trimestre, o desemprego subiu a 8,9%, o maior desde 2012.

A última coleta da PME está programada para acontecer em fevereiro, com divulgação prevista para março.

(Com Reuters)

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